(Da minha leitura do livro “Exoconsciência”, de Juliano Pozati)
“Tudo começa com o bendito autoconhecimento!”
Lendo o livro Exoconsciência de Juliano Pozati esta semana, pude perceber o quanto o processo de conhecer a si mesmo, na grande maioria das vezes, nos leva a refletir sobre o que temos de ruim em nós: os comportamentos inadequados e o que fazemos de errado, que nos destroem e diminuem, como se precisássemos de uma “reforma”.
O próprio autor critica o termo e explica que, segundo ele, nós, seres humanos, não precisamos de reforma, não estamos quebrados ou obsoletos como algo que já não serve mais. Precisamos, na verdade, de incentivo para manifestarmos tudo o que naturalmente temos de bom, nossos talentos naturais.
Mas o que vemos, na maioria das vezes, é somente o ruim que há em nós. O que é bom e genuíno, como uma semente de potencial que temos, fica escondido e desvalorizado, porque escolhemos não olhar e conhecer o nosso lado bom. Ficamos numa eterna via de olhar o ruim e corrigir, o que também é necessário, mas a outra parte, que é olhar para nossas potencialidades, raramente fazemos. Muitos até adoecem, porque deixam de estar conectados com o fluxo da vida, vivendo no automático, sentindo-se desconectados da vida, terceirizando responsabilidades e reclamando de tudo e todos.
O autor cita um ótimo exemplo no livro, sobre como muitas vezes estamos em lugares que não nos pertencem. Ele nos pede para imaginar uma torneira guardada numa gaveta. Dela, ali guardada, nunca sairá água, mesmo que se abra completamente a rosca. E por quê? Porque ela não está ocupando o seu lugar. Quando é que vai sair água dessa torneira? Somente quando ela estiver conectada a um cano, aí sim, ela cumprirá seu papel de jorrar água.
Quando, em nossa vida, não nos sentimos conectados com o fluxo da vida, não temos energia nas atividades que exercemos, não sentimos crescimento, é porque provavelmente não estamos no lugar que deveríamos estar, aquele lugar onde brilhamos em tudo que fazemos.
Talvez seja necessário planejar uma transição de carreira, uma mudança na família, de cidade ou qualquer outra reorganização. Perceber e tomar consciência dessa situação e, a partir de então, gerar movimentos de mudança é uma forma diferente de praticar o autoconhecimento, é olhar para suas potências, para o que pode te trazer felicidade, sentido e pertencimento. É através do autoconhecimento que se tem autoconsciência!
Pergunte-se quais são os seus talentos naturais, quais suas maiores forças, quais são seus desafios evolutivos e, com isso, comece a entender quem você é de verdade e não apenas quem você precisou ser. É o primeiro passo na busca da sua melhor versão. Quando ocupamos o nosso lugar no mundo, estamos em fluxo, como se estivéssemos no endereço certo, com um estado de espírito mais pleno e saudável.
É tempo de mudar o rumo das coisas, deixar essa imagem desvalorizada que criamos de nós mesmos para trás, parar de tentar “melhorar” naquilo em que não somos bons e dar atenção para os nossos talentos e habilidades reais, para aquilo que nos faz felizes.
Precisamos sair do papel de vítima, de ficarmos pensando “tudo acontece só comigo, não é justo, sou um miserável”, para um lugar de “eu acredito e confio no meu potencial, sou amado, sou capaz, executo com amor meu trabalho e ele está alinhado com meus valores”.
É um processo que envolve análise, contemplação, intenção e movimento. Se você deseja sair desse lugar incômodo de não pertencimento, este livro te convida, nesse trecho, a refletir sobre seu real estado de consciência de si mesmo, a ser gentil com seu próprio processo e a compreender que, apesar de existir um longo caminho, o autoconhecimento com certeza será uma parte do caminho que te levará à realização dos seus objetivos, vivendo do seu verdadeiro potencial.
Essa é uma reflexão que fiz de apenas um dos belíssimos trechos desse livro, recomendo muito a leitura completa!
Boas energias! ✨